Passe Social Intermodal é mesmo verdade!
Nos últimos dias tenho, eu e outros camaradas da CDU, distribuído um documento intitulado «Alargamento do passe. Possível pela acção e luta da CDU».
Optámos, como já havíamos feito com outros documentos sobre o mesmo tema, por efectuar a distribuição em Lisboa, à entrada das camionetas com destino ao concelho de Mafra, garantindo desta forma que os atingidos eram, na sua quase totalidade munícipes de Mafra.
Muitos foram os que nos questionaram incrédulos sobre a cobertura e preços dos novos passes, lá íamos informando que é mesmo verdade que o passe concelhio (só dentro de Mafra) tem um custo de 30 € e que o passe metropolitano (para todos os concelhos da área metropolitana de Lisboa) tem um custo de 40 € e que as crianças até aos 12 anos deixarão de pagar e que o desconto para maiores de 65 anos é alargado para 50 por cento, continuando os descontos de 25 por cento a estudantes e jovens, e os apoios através do Passe Social +.
As contas eram imediatas –“então eu que pago 165 € da Ericeira para Lisboa vou pagar 40 €? Não, não pode ser, não acredito, só vendo …” , — vai ver que é verdade, — “se for verdade é o meu maior aumento de rendimento disponível dos últimos, pelo menos 10 anos”.
Enquanto esperavam o transporte lá os íamos lembrando/informando «É uma medida que beneficia os actuais utentes e promove a vinda de novos utentes», uma vez que «introduz uma significativa redução de custos para os utentes», «promove um aumento da mobilidade garantida pelo passe mensal» e «simplifica o sistema de bilhética», e que o «alargamento do passe foi possível pela acção e luta da CDU».
Alguns sabiam que em Dezembro de 2016, PS, PSD e CDS, com a abstenção do BE, chumbaram, na AR, um projecto de lei do PCP que propunha o alargamento do Passe Social Intermodal. Não encontrámos ninguém que soubesse que esta reivindicação dos comunistas foi apresentada pela primeira vez há 22 anos, tendo sido a proposta então chumbada pelo voto contra do PS.
«Fomos à luta para tornar possível o possível, para vencer as resistências instaladas e os interesses dominantes, para dar confiança às justas aspirações dos utentes, para mostrar a necessidade de uma política radicalmente diferente, patriótica e de esquerda».
Fomos interpelados por residentes em Torres Vedras, no Sobral de Monte Agraço, em Arruda dos Vinhos e até um de Alenquer, que lamentavam estar de fora da medida. Informamos, os que ainda não sabiam que “no final de Janeiro, os comunistas entregaram no Ministério do Ambiente um abaixo-assinado para que o passe intermodal metropolitano de 40 euros tivesse extensão para as ligações pendulares de fora da AML”.
É assim que trabalhamos no dia a dia, esta é parte da política patriótica e de esquerda que defendemos, mas não queremos ficar por aqui queremos que o transporte público seja uma verdadeira aposta nacional, através do alargamento da oferta actualmente existente e a sua extensão a todo o território.
Mafra, 31 de Março de 2019.